sexta-feira, 24 de outubro de 2008

EU NÃO ME ECONOMIZO




Cometo os erros.
Me arrependo
Mais tarde, os erros são os mesmos.
Eu não aprendo.

As pessoas se repetem.
Eu enjôo repetidamente.
Eu também me repito.

Eu me sujo

Testo o meu sexo.
Finjo um orgasmo.
Me masturbo de madrugada.

Invento segredos
que ninguém quer saber.
O importante é me convencer de
que a minha vida é importante.

Perco o dia.
Ganho alguém na noite.

Jogo com a vida.
E quase sempre ela me mostra
que não deveria jogar tanto.

Aperto a ferida.

Tento um sexo anal.
Mas desisto dependendo do pau.

Levo choque.

As pessoas vivem a vida delas.
E a minha vaidade acha que tudo que
elas fazem é pra me ofender ou me agradar.

Como demais.

Dou vários telefonemas.
E desligo ao falar o que me interessa,
só o que me interessa.
Não atendo os telefonemas alheios.

Falo sem parar.

Defendo posições que nunca acreditei.
Só pro meu ego entender que eu sou
capaz de argumentar.

Bebo demais.

Provoco uma briga
pra sair da rotina.
Peço desculpas e me faço de vítima.

Perco dinheiro.

Finjo que amo.
E finjo tão bem que eu também acredito.
Mas depois de uns meses me sinto perdida.

Durmo na lama.

Eu não me guardo pra amanha.
Eu não me preservo.
Eu não me economizo.

3 comentários:

Antonoly Maia disse...

Poema um tanto o quanto picante heim?
Valeu!

Vitoria Viana disse...

legall
http://vitoriaviana.blogspot.com/

dAy . disse...

adoreiii esse poema meu parabens

bjss