sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

NÃO ME LEIA




Não leia porque
quem lê não deslê,
e as minhas
palavras são um choque
de 220 volts.


Eu não amanso.
Que dizer,amanso porque
também levo choques..
Mas eu gosto é das palavras sujas.
Eu gosto do fundo do poço,
da merda, do pó acumulado
diariamente nas emoções
É do vômito dos excluídos
que faço poesia.


Esqueça.
Não vou falar de crianças
brancas brincando
em playgrounds. Também
não vou falar de amores
eternos, ou coisa assim.

Eu quero saber é dos
que estão mortos,e vivem.
Eu quero a alma dos que
perderam a esperança.

Eu quero falar das mulheres
que trepam e nunca gozam
e também dos amantes
com HIV.

Eu quero sentir os que
se prostituem e os que
se travestem.

Eu vou gritar na sua cara
a dor dos rejeitados.

Não me leia!

2 comentários:

Leo Pinheiro disse...

Quanta dor e melancolia! cadê o mar de amor.

Nas fotos? Sim, confesso que elas me xcitam relativamente igual um moleque de 12 anos!

dAy . disse...

Adorooo seus poemass toda vem q passo por aki me supreendo por isso to levandu comigo seu link

parabens

beijaoo ccuida